Para o consultor em Tecnologia da Informação Miguel Ruiz, para gerar resultados positivos nas grandes corporações, a tecnologia deve ser vista como um todo e não por partes.
As grandes corporações vêm sofrendo mudanças há décadas. Os processos internos já não são os mesmos de 20, 30 ou 40 anos atrás. As atividades que mantinham as empresas vivas naquela época, caso fossem utilizadas hoje, sem o suporte da área de Tecnologia da Informação (TI), não teriam mais do que dias de sobrevida, face à globalização dos mercados.
A tecnologia da informação não deve ser vista apenas como um suporte para os processos e atividades internas. Segundo o consultor, deve-se considerá-la como uma ferramenta estratégica para a eficiente gestão corporativa. “Estamos tratando de negócios que envolvem milhões ou bilhões de dólares, sendo assim, os processos, as atividades e a segurança da empresa devem estar acima de tudo. A tecnologia deve ser vista como um todo e não por partes”, ressalta.
Dados recentes do IDC informam que os gastos com TI crescerão 12,8% em 2007. Para Ruiz, que atua há 28 anos com Gestão de Tecnologia, esses investimentos só trarão o retorno esperado se estiverem alinhados aos negócios da empresa. Sempre que a empresa passa por alguma dificuldade ou mesmo quando as coisas vão bem, é fundamental ter uma TI bem estruturada e alinhada com a estratégia da empresa. Com isso, é possível analisar o que está ocorrendo hoje, planejar investimentos futuros e ainda prever possíveis erros de administração ou até do próprio corpo funcional”, comenta o consultor.
“A implementação da TI nas empresas deve ocorrer, sempre, de uma forma planejada e estruturada. Os investimentos precisam ser realizados de forma estratégica, visando atender as áreas de negócio que possam tirar o melhor proveito possível da tecnologia. Não é aceitável a utilização das tecnologias por si só, por modismo ou outros fatores que representem retorno à corporação”, complementa Ruiz.
Para o consultor, “a TI é atividade correlata aos negócios da organização para melhorar o atendimento ao cliente, ganhar tempo e tentar dirimir qualquer erro humano, otimizando processos e maximizando resultados”, justifica.
Segurança da Informação
A pesquisa do IDC também indica que ao final deste ano, 75% das empresas serão infectadas com códigos maliciosos não detectados, motivados financeiramente e que entrarão por vias alternativas ao perímetro principal da rede e suas defesas.
Para Ruiz, a questão da segurança da informação nas grandes organizações será solucionada pelo monitoramento contínuo. “Somente a vigilância constante fará com que as empresas se livrem das invasões”. Segundo ele, o trabalho não é reativo e sim pró-ativo. “A solução passa pela antecipação aos intrusos, bloqueando qualquer acesso antes de qualquer invasão. O que para um usuário comum não significa nada ou quase nada, pode prejudicar muito as atividades internas da empresa”, salienta Miguel Ruiz.
Preocupar-se com a gestão da TI em grandes empresas exige expertise, tempo, hardwares e softwares adequados, compartilhamento de redes, servidores bem dimensionados, além do uso de ferramentas que melhorem e auxiliem na produtividade das empresas – Internet, utilização de VoIP (Voz sobre o Protocolo da Internet – IP) e segurança das informações. “A falha em qualquer um desses pontos pode comprometer a empresa. A questão está aí, gerir tudo com eficiência e manter a TI como geradora de valor para o negócio”, finaliza Ruiz.
Fonte: Miguel Ruiz – fundador da MR Consultoria