Uma das grandes queixas no universo corporativo está centrada nos insuficientes níveis de comprometimento das pessoas e equipes. Esta patologia atinge um enorme percentual das empresas, de maneira severa.
Há muitas pesquisas que apontam a falta de cooperação, suas causas e conseqüências dentro do universo corporativo. Algumas analisam os efeitos da cooperação e do conflito dentro do universo das empresas e detectam que os conflitos são necessários para o aprendizado organizacional, cabendo às lideranças transformar estes conflitos em alavancas (através da cooperação) e não em barreiras.
A Psicologia e a própria psicanálise trazem, também, enormes contribuições sobre as questões ligadas ao caráter, temperamento e personalidade no auxílio da compreensão do porque as pessoas não colaboram tanto quanto, em geral, se espera. Uma pesquisa chamada: The High Performance Worforce Study – a Accenture, que envolveu duzentos executivos em três continentes, comprovou que as prioridades estratégicas da organização, tais como o aprimoramento do desempenho da força de trabalho, o estilo de liderança e o comportamento da administração, são questões que dependem diretamente da cooperação.
Para o consultor corporativo Carlos Hilsdorf, precisamos rever nossas prioridades. “Precisamos conseguir transformar compromisso em comprometimento e conseguir efetiva colaboração das pessoas. Esta preocupação em conseguir que as pessoas cooperem de maneira eficaz é a responsável pelo alto volume de investimentos em palestras e treinamentos voltados especificamente para a sensibilização e aprimoramento das habilidades interpessoais”, analisa.
Para Hilsdorf, encontramos um enorme número de pessoas que não colaboram. “Gestores e líderes reclamam que as pessoas não se dedicam tanto quanto poderiam se dedicar e que permanecem muitas vezes no nível formal do compromisso, da obrigação e não migram para o nível superior do esforço-extra e do comprometimento”, afirma o consultor.
As melhores empresas para se trabalhar, as que acabam sempre apresentando melhores resultados financeiros que suas concorrentes, administram de maneira eficaz a cooperação, o relacionamento de qualidade e o clima organizacional. Portanto, não basta apenas ser um bom profissional, é preciso colaborar.
Fonte: Carlos Hilsdorf – economista, conferencista e profundo pesquisador do comportamento humano.