CRM em Pequenas e Médias Empresas

Durante muito tempo, o mercado de CRM esteve voltado para as grandes empresas e corporações. Ali, aonde estava o maior volume de dados a serem manipulados e a maior quantidade de informações não-utilizadas sobre os clientes, as empresas de tecnologia encontraram um terreno fértil.

Se pensarmos nos conceitos apresentados, era natural que isso acontecesse. Afinal, de maneira simplista, CRM nada mais é do que a retomada de alguns hábitos de negócios que já eram realidade nos tempos de nossos avós, e que foram perdidos com o afastamento entre fornecedores e clientes e com o crescimento das corporações. Como resultado, quanto maior a empresa, maior a distância que a separava do cliente no início da década de 90.

As pequenas e médias empresas, enquanto isso, sofriam de um mal diferente: estavam lutando para sobreviver durante anos difíceis na economia por causa da inflação e de políticas econômicas recessivas. O relacionamento com clientes, naturalmente mais próximo nesse segmento do mercado, ficou em segundo plano, pois essas preocupações de dia-a-dia tomavam todo o tempo de gerentes e diretores. De fato, as PME tinham a postura de que isso é coisa para grandes empresas ou é muito caro.

Conforme a situação foi se estabilizando e a estabilidade econômica permitiu que as empresas trabalhassem um pouco melhor seu planejamento, algumas delas começaram a buscar alternativas para participarem mais do mercado, fugindo da guerra de preços e da a oferta indiscriminada de serviços, o que as levou a redescobrir o CRM.

Ao mesmo tempo, os fornecedores de soluções de CRM, antes concentrados nas grandes corporações, perceberam a existência desse valioso nicho de mercado, o de pequenas e médias empresas, e passaram a desenvolver produtos e serviços compatíveis com ele. Os projetos, embora não fossem tão grandiosos quanto os negócios com empresas de maior porte, traziam maior possibilidade de sucesso, por trabalharem em um ambiente menor e mais controlado. Essas implementações, aliás, acabam servindo de exemplo para as grandes corporações sobre a complexidade de implementação de um projeto de CRM em larga escala, de uma só vez, o que tem levado essas empresas a se dividirem conceitualmente em várias pequenas empresas, implementando CRM em cada uma delas por vez, para depois integrar a solução.

Por isso, falar sobre o projeto de CRM em pequenas e médias empresas é muito parecido com falar sobre o tema para grandes empresas. Para ter um projeto de sucesso, essas empresas precisam desenvolver uma estratégia para identificar os seus clientes adequadamente, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas – e depois ter uma estratégia para alocar adequadamente seus recursos, de acordo com o valor que cada cliente tem para sua empresa e com o montante de recursos disponíveis.

Praticar o relacionamento com os clientes de maneira formal já deixou, há muito tempo, de ser apenas uma opção para as pequenas e médias empresas. Hoje é algo indispensável. A cada dia que passa, mais e mais empresas desse porte estão seguindo esse caminho, e num mercado cada vez mais disputado, cada instante perdido para implementar essa estratégia pode ser a diferença entre a sobrevivência e o fim do negócio.

Na prática, relacionamento com clientes é a única área onde as pequenas e médias empresas podem competir, em pé de igualdade, com as grandes empresas do mercado. Nessa área, a superioridade econômica e a escala de produção dão lugar ao detalhe e a percepção individual e, nesse campo, empresas menores podem se tornar imbatíveis!

Fonte: André Veloso – consultor

O Orgulho de ser um Consultor de Vendas

Uma das mais fáceis formas para se atingir o sucesso é sentir prazer fazendo o que você faz.

Já foi o tempo em que ser vendedor era sinônimo de uma atividade secundária, para a qual afluíam muitas pessoas desempregadas. Hoje, o vendedor assumiu um status diferenciado, com formação e especialização específicas, fomentado por técnicas e recursos apropriados, além de atitudes e comportamentos condizentes com esse novo perfil que reveste essa profissão.

Até o título do cargo tem-se modificado, de Vendedor para Consultor de Vendas. Obviamente, como em todas as outras atividades, o Consultor de Vendas também tem os seus pontos positivos e negativos:

Algumas características positivas:

– Autonomia – Uma maior liberdade de ação em relação a atividades fechadas.
– Altos ganhos – O maior ponto de atratividade da profissão, pois normalmente é atividade comissionada, assim o profissional é quem faz o seu salário, ou seja, quanto mais vende, mais ganha.
– Desafios constantes – Para quem é acomodado, não é a atividade ideal. É própria para quem tem um espírito desafiador, dinâmico e gosta de superar obstáculos.
– Network – A própria atividade propicia a oportunidade de uma extensa rede de relacionamentos, úteis em todos os sentidos.
– Atividade externa – Para quem gosta de fazer visitas, estar “fora”. Se sua vocação é ficar em um escritório, sentado atrás de uma mesa, também não é essa sua profissão.
– Aprendizado constante – A cada dia, a cada contato, a cada visita, a cada venda efetuada ou um não recebido, há um aprendizado. Afora isso, as conversas, os assuntos do dia-a-dia, as histórias que passa a conhecer através dos seus relacionamentos.

Alguns pontos negativos:

– Lidar com os “nãos” e gente mal educada. Isso existe em todo lugar.
– É um trabalho externo, sujeito às intempéries, como: trânsito, filas e alguns chás de cadeira.
– Nem sempre é fácil decolar, fazer uma carteira de clientes. Isso exige talento, persistência e muitos desistem antes disso.

Para os que nasceram para exercerem a função de Representante Comercial ou Consultor de Vendas o sol brilha, pois cada vez mais assumem um papel relevante na estrutura das Organizações. Diria, até, uma peça vital para a permanência e crescimento das empresas.

Por isso, alguns recursos psicológicos e valores são pertinentes a esse profissional.
São, em essência, os seguintes:

– Crença em si mesmo
– Orgulho pela profissão
– Autocontrole
– Autodeterminação
– Autoconfiança
– Entusiasmo
– Comprometimento
– Persistência
– Independência
– Iniciativa
– Pontualidade
– Flexibilidade
– Vigor
– Educação
– Bom humor
– Conhecimento de técnicas de vendas
– Boa apresentação
– Boa comunicação
– Conhecimento do (s) produto (s)
– Conhecimento da concorrência
– Conhecimento da empresa representada
– Conhecimento do cliente

Se você nunca pensou sobre isso, quando lhe perguntarem “O que você faz”? Encha-se de orgulho, permita que seus olhos brilhem de entusiasmo, e diga: “Sou um Profissional de Vendas”.

Fonte: Reinaldo Passadori – Professor e Diretor do Instituto Reinaldo Passadori de Comunicação Verbal, Administrador de Empresas com especialização em Recursos Humanos.

Férias: Descanso Merecido ou Período de Preocupação?

Férias não deveriam ser sinônimo de preocupação, afinal para quem trabalha um ano inteiro, nada mais justo do que desfrutar de um mês de descanso. Mas, na prática, não é assim que funciona. Com o alto índice de desemprego, muitos profissionais pensam duas vezes antes de solicitarem seus dias descanso, pois imaginam que estando fora da empresa, darão margem para que seu superior encontre falhas no seu trabalho, os julgue desnecessários ou até mesmo busque outro profissional para ocupar os seus lugares.

Para evitar preocupações desnecessárias e curtir os dias de folga relaxando sem deduzir o que pode acontecer no seu retorno ao trabalho, alguns detalhes devem ser levados em consideração. Antes de sair de férias é interessante que você pense também na empresa e não só nos seus direitos de trabalhador, verificando se ela não está passando por dificuldades financeiras, se você não está com trabalho acumulado, se suas metas estão em dia e se a pessoa que assumirá seu lugar, enquanto você está fora, está devidamente treinada.

O profissional moderno entende que tem direito a férias por lei, porém, ao se afastar da empresa, quem garante que quando voltar não terão colocado alguém mais disposto no lugar ou transferido para uma área menos importante? Vale lembrar que as grandes empresas, quando a situação já caminha para uma futura demissão, oferecem ao funcionário férias compulsórias. Então, se a situação não estiver a seu favor, não arrisque. Ou, então, prepare-se para uma possível demissão.

Vale lembrar que enquanto você está em férias o seu concorrente não está. Quando você volta, seus clientes podem estar nas mãos da concorrência e, a partir disso, é óbvio dizer que nenhuma empresa pára de trabalhar. O ritmo pode até diminuir, mas a produção continua seja qual for o produto ou serviço. Mediante esse fato, surge à bipartição motivada pela abertura do mercado brasileiro a ferozes concorrentes estrangeiros e a globalização dos negócios.

Para a empresa, esse é um ponto importante, pois uma mensagem fica subentendida para o seu cliente: "Enquanto você tira férias trinta dias por ano, nós não. Sempre que precisar, seja em dias úteis ou feriados, estaremos prontos para lhe atender". Para o funcionário, o que ocorre é que dificilmente terá condições de programar saídas de 30 dias corridos, mas sim em períodos fragmentadas de 10 ou 15 dias. A vantagem é que quando você estiver muito estressado e sem condições produtivas, poderá solicitar férias fora de hora utilizando os dias restantes.

A melhor forma de abordar o patrão na hora de pedir férias é quando os negócios da empresa estão caminhando bem e quando existem pessoas capacitadas para substituí-lo. O melhor horário para conversar sobre esse assunto é no período da manhã, de preferência entre terças e quartas feiras. Esse é o período em que os executivos estão mais tranqüilos. Não é conveniente negociar em confraternizações e locais fora da empresa, esse é um assunto que deve ser tratado como profissional e não pessoal.

Depois de conseguir agendar e acertar os dias de folga, você deve se preocupar em fazer com que o andamento dos negócios continuem bem. Para isso, você precisa de alguém devidamente comprometido, habilitado e treinado para te substituir. Na hora de treinar alguém para assumir o seu lugar, o egoísmo e o medo do rendimento do outro devem ser deixados de lado. Na prática, isso é muito difícil de acontecer. O melhor caminho é treinar o outro de forma profissional, transmitindo, inclusive, as coisas subjetivas, sem medos.

Uma das características mais importantes do executivo bem sucedido é o altruísmo em relação à liderança. Os melhores executivos são aqueles que conseguem delegar e se cercar de profissionais que sejam melhores do que ele mesmo. Assim, você cresce profissionalmente. Quantos executivos têm muito sucesso e, no entanto, percebe-se que seus "pupilos" são melhores do que eles em atividades específicas? Uma das principais fórmulas do sucesso é treinar pessoas de coração aberto, buscando profissionais para a sua organização, que sejam tão bons ou melhores que você.

Na hora de solicitar férias, o mais importante é avaliar suas reais necessidades e as da empresa. Assim, você consegue usufruir melhor os seus dias de descanso, para voltar ainda mais motivado à sua rotina profissional. E a empresa ficará satisfeita por, mesmo na sua ausência, o andamento do trabalho ter fluído tranquilamente.

Fonte: João Pedro

A Ideologia da Desmotivação Gerencial

Na direção de uma Convenção Anual de uma grande editora que, durante uma reunião de planejamento estratégico, no intuito de motivar os gerentes, o superintendente propôs um trabalho individual de promoção de vendas. Cada gerente deveria listar três títulos, dentre os muitos editados, sobre os quais o esforço de publicidade mereceria maior concentração, devendo a escolha dos referidos títulos serem justificadas com uma pequena exposição de motivos. O tempo deste exercício deveria ser administrado individualmente, não devendo prejudicar as demais atividades previstas para o encontro gerencial.

O superintendente divulgou um prêmio de valor para a melhor listagem apresentada. Os próprios gerentes fariam a análise e o julgamento do melhor trabalho. Todos os cuidados foram tomados para manter o sigilo do ganhador. O trabalho exigia pesquisa, organização e muita criatividade. Após o anúncio, o superintendente fez a entrega do prêmio, previamente divulgado como de valor: um home theater de última geração.

Nesse instante, as contradições gerenciais começaram a aparecer: "Se soubesse que o prêmio era esse teria feito um trabalho bem melhor". Existe um paradoxo nessa frase para reflexão.

• O prêmio foi anunciado antecipadamente como "de valor";
• Conjecturar que o valor do prêmio era inferior ao de um home theater moderno, foi uma decisão de alguns gerentes, não tendo sido considerado como válido se fosse simbólico;
• A desmotivação alegada foi uma avaliação pessoal precipitada, pois se constatou, posteriormente, ser motivadora e de valor.

Observa-se que o motivo alegado por alguns gerentes de não terem feito um bom trabalho foi totalmente contraditório. Nesse caso específico, não havia a menor dúvida. Senão vejamos: os gerentes em questão estavam fora de seu local de trabalho, em um hotel com alimentação e lazer, contratados pela organização, com o intuito de promover uma interação profissional para melhorar os resultados. Está claro que erraram. Mas "E no dia-a-dia os gerentes podem alegar desmotivação?"

Antes de responder, é importante analisar criticamente algumas das causas normalmente alegadas para um comportamento desmotivado:

• Salário: em termos gerenciais é função do nível de competência. Salário baixo para gerente competente indica ou sua acomodação ou sua insegurança. No primeiro caso não é um problema; mas uma opção. No segundo, trata-se de um paradoxo: insegurança num gerente competente?
• Falta de delegação: Apesar de delegação ser uma concessão, não cai do céu. Poder, não se ganha, conquista-se. Logo, ser competente pressupõe saber ganhar espaço.
• Falta de objetivos bem definidos: conseqüência de uma crise conjuntural, na realidade, gera um círculo vicioso. O gerente, sendo o homem com mais capacidade de lidar com tendências e perspectivas do seu espaço de atuação, ao comportar-se passivamente aguardando objetivos da alta direção, não a realimenta com as informações necessárias, surpreendendo-se quando os objetivos propostos pouco têm relação com sua visão gerencial.

Boa parte da "não obtenção de objetivos bem definidos", pode ser imputada à falta de visão do gerente. Essa é outra contradição gerencial que é confundida com desmotivação. Partindo do pressuposto que estão atendidos nas situações evidenciadas anteriormente, é óbvio que a alegação é improcedente. Assim sendo, para o caso em estudo, desmotivação é uma palavra complacente que oculta uma outra mais adequada: irresponsabilidade.

Mas como eliminar a desmotivação? Temos, portanto duas questões a resolver. A primeira é existencial e deveria ser: "Esse cargo me interessa e a remuneração está compatível com minhas atribuições e potencialidades?". A segunda está condicionada a resolução da questão anterior: "Como me tornar responsável e engajado não só nas minhas atribuições como também nas definições da alta direção da organização?".

Para uma situação como essa as seguintes posturas são recomendáveis:

a) Assumir que poder não se espera, se conquista. O poder no caso da esfera gerencial está em como fazer e permanecer com o direito de continuar fazendo. Margaret Thatcher sublinhou essa postura com a seguinte frase: "Estar no poder ou na liderança é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas que você é, você não é";
b) Nunca negligenciar sua importância na organização. Os objetivos globais dependem da visão prospectiva e do espaço de atuação. Você pode e deve fazer a diferença.

Alguns lembretes:

Criar objetivos: Na falta de objetivos claros da organização, é importante criar os próprios e torná-los públicos. Ter de negociar objetivos com os dirigentes é mais ético do que dizer que os objetivos não existem;

Divulgar os objetivos: Toda hora é hora de propor objetivos, para isso qualquer canal é canal. Desde o cafezinho, elevador, reunião, telefone, e-mail ou audiência especial;

Ser flexível: Voltar atrás, reconsiderar e acertar é nobre, enquanto manter a posição e errar é burrice.

Ser um líder servidor: Adotar como objetivo permanente a evolução e a dos subordinados. Sempre haverá alguém, por mais humilde que seja, que ensinará algo. Estar sempre preparado para aprender, segundo Jack Welch para aprimorar o papel de líder servidor: "Ser líder é ajudar outras pessoas a crescer e a alcançar o sucesso";

Desmotivação nunca mais: A palavra desmotivação deve ser riscada do dicionário. É importante ressaltar que no momento de crise o bom gerente é o que cria do nada, o que encontra objetivos no ambiente quase imobilista, o que consegue movimentar as engrenagens mesmo quando estão emperradas por forças antagônicas.

Um gerente que se comporta de maneira, sem dúvida, para não dizer outra coisa, está muito, mas muito desmotivado.

Fonte:Wilson Mileris – especializado em motivação. Atua há 24 anos como conferencista, treinador e consultor nas áreas de liderança, motivação e vendas.

15 Dicas para Escapar da Inadimplência

• 01 – O processo do endividamento em quase todas as situações tem seu início quando você passa a recorrer a empréstimos para complementar seus compromissos. Enquanto a pessoa tem crédito, fica criando dívidas para pagar dívidas. PARE enquanto há tempo porque você simplesmente está piorando cada vez mais sua situação.
• 02 – Se estiver pagando apenas o valor mínimo do cartão de crédito por meses e meses, você está praticamente jogando dinheiro fora. Seu débito nunca diminui e este dinheiro representa juros das administradoras. O correto é abrir mão do cartão, suspender o pagamento do valor mínimo e negociar o pagamento do valor total em prestações fixas para liquidar o débito.
• 03 – No início, as administradoras dificultam bastante, falam que você tem de continuar a pagar pelo menos o valor mínimo, etc. Entretanto, a partir do segundo mês sem receber, eles mesmos apresentam proposta de parcelamento do valor total.
• 04 – Quando negociar qualquer dívida, nunca aceite a primeira proposta que lhe apresentarem, procure sempre barganhar mais. Se eles oferecem para dividir o débito em seis meses, por exemplo, peça para dividir em 20 vezes. Claro que de imediato eles também não vão aceitar, mas pode ficar em 15 ou 12 meses.
• 05 – Dívidas com agiotas: não se intimide com eles. Eles gostam muito de agir desta forma, mas agiotagem é crime e se você registrar uma queixa policial, certamente o quadro se modificará bastante a seu favor. Os agiotas são metidos a valentes, mas são inteligentes. Eles sabem que estão praticando uma ilegalidade.
• 06 – Faça uma reavaliação em seu orçamento. Procure reestabelecer com total prioridade as despesas da subsistência de sua família. Pague primeiro seu condomínio, escola, aluguel ou prestação do imóvel, telefone, energia, etc. Seja a situação que você estiver, sem o mínimo de condição para sustentar sua família, você não vai poder resolver o problema de mais ninguém.
• 07 – Verifique quanto você ganha por mês e o total dos seus débitos. Separe o valor para manter sua subsistência e o que sobrar é para pagar dívidas.
• 08 – Procure resolver primeiro os débitos que envolvam nomes de outras pessoas. As compras que você fez com fiadores ou em nome de alguém merecem prioridade para limpar o nome da pessoa e recuperar a confiança que você recebeu.
• 09 – As contas de valores pequenos podem também ser eliminadas com prioridade.
• 10 – Modifique seus hábitos de CONSUMO e de sua família, caso contrário você vai voltar a cometer os mesmos erros. Em fase de crise, economizar é a palavra de ordem. Consumo de telefone, energia, despesas supérfluas têm de ser eliminadas. Para gastar todo mundo é solidário, entretanto na hora do endividamento apenas um ou o casal assume a responsabilidade. Lembre-se: "um pequeno vazamento pode afundar um grande navio".
• 11 – Você sempre pode recorrer aos Juizados de Defesa do Consumidor de sua Cidade para ajudá-lo a negociar os seus débitos. Muita gente pensa que por estar devendo não tem o direito de fazer uma queixa contra seu credor. Pode sim, sejam bancos, administradoras de cartões, financeiras, etc. Os motivos das queixas são os juros absurdos que sempre cobram, dificuldades quanto ao valor da prestação renegociada que você pode pagar, cópias de pedido ou contratos que quase nunca lhe são entregues. Pressão abusiva com telefonemas e recados inconvenientes a vizinhos, etc.
• 12 – Caso não tenha juizado de Defesa do Consumidor ou PROCON em sua cidade, a queixa pode ser registrada no Fórum que deve funcionar um juizado de pequenas causas.
• 13 – Ao fazer a queixa, leve os dados corretos. Nome completo da empresa que você tem o débito, endereço completo, explique como foi originado o seu problema, qual o valor envolvido, quantos meses, quanto já pagou, enfim, procure apresentar o máximo de informações para facilitar no momento do registro da queixa.
• 14 – Procure ter um exemplar do Código de Defesa do Consumidor, que você pode adquirir em qualquer livraria. Leia os artigos que envolvam assuntos sobre DÍVIDAS para que você, na audiência de conciliação que vai ser gerada com a queixa, tenha firmeza em sua defesa. Autoridade é quem tem conhecimentos!
• 15 – Claro que o endividamento tem como maior responsável a difícil situação econômica do nosso país. Juros impagáveis e tudo mais, todavia, não podemos jogar a culpa apenas nisso. Você também cometeu seus erros, se deixou levar muitas vezes pelas facilidades de comprar a crédito, nunca fez orçamento para comparar seus gastos e agora precisa refletir para corrigir os erroscometidos.

Fonte: Emanuel Gonçalves – diretor da EGS Consultoria Empresarial Ltda, especialista em Negociação de Dívidas e instrutor de palestras.