Primeiro Passo para Alcançar Sucesso é o Conhecimento

Alcançar o sucesso ao ingressar em um novo negócio, qualquer que seja a área, para Francisco Higa, especialista em Gestão Empresarial e autor do livro “Vai dar M..” (Editora Gente) é, primeiro, avaliar o conhecimento sobre si mesmo, os objetivos pessoais e o conhecimento sobre o negócio em vista.
Segundo o consultor, o primeiro momento é para reflexão e certificar-se se a abertura de um negócio próprio é o melhor caminho para alcançar aquilo que se está buscando como objetivo de vida. “Pergunte-se se está realmente preparado para enfrentar todas as adversidades em busca desse objetivo”, reforça.
Para Higa, muitas vezes, o desejo de um negócio próprio surge quando uma pessoa sofre algum tipo de decepção profissional, como: perda do emprego, bronca ou cobrança do chefe, falta de reconhecimento pela empresa, contágio pela palavra “empreendedorismo” ou pelas histórias de sucesso divulgadas nos veículos de comunicação.
“É uma grande ilusão achar que abrir um negócio próprio significa trabalhar menos e ganhar mais”, informa. “As estatísticas mostram que um número enorme de empreendimentos fracassa, principalmente, porque o empreendedor não soube definir o momento certo para lançar o seu projeto ou não estava preparado para isso”, comenta Higa, que atua há 17 anos em Gestão Empresarial.
Segundo ele, "de pedra você virará vidraça”, isto é, todas as críticas que, como empregado a pessoa fazia à empresa que trabalhava ou ao antigo chefe, muito provavelmente serão voltadas a ela própria por seus colaboradores.
O segundo passo para Higa, é certificar-se do quanto o futuro empresário conhece do negócio a ser lançado. “Para auxiliá-lo nessa tarefa, o melhor é reunir as informações necessárias a fim de definir um plano de negócios e estruturar suas idéias em relação ao futuro empreendimento”, aconselha.
Uma boa dica do consultor é criar um documento formal e se comprometer em segui-lo. “A disciplina ajuda a minimizar riscos de fracasso, por deixar de estudar ou analisar as alternativas e ações cabíveis em cada caso”, diz. Como essa atividade tem um cunho bem mais técnico, Higa recomenda discutir o plano de negócio com algum profissional experiente que o ajude validar a viabilidade de seu projeto.
De uma forma geral, esse plano deve conter o detalhamento do novo empreendimento, considerando os aspectos de mercado: potenciais clientes e fornecedores, técnico-operacionais (como fazer ou operar), financeiros (projeção de receitas, despesas, investimentos requeridos etc.), jurídico-tributários e organizacionais (quais e quantos recursos humanos serão necessários).
Higa explica que “o seu novo desafio certamente afetará o seu relacionamento familiar, quer seja pela ausência devido à necessidade de dedicação total ao negócio, ou pelo impacto financeiro de conviver com recursos variáveis e limitados, e não mais a garantia de um salário fixo a cada mês”. Para ele, é importante separar as contas pessoais das finanças da empresa. “Saiba que a sua retirada será proporcional ao resultado que a nova empresa apresentar”, informa.
Segundo Higa, ter competência para gerir o negócio é fundamental, para isto deve-se conhecer as características do mercado: como fazer, como gerir, como contratar pessoas, como lidar com as finanças, saber como aprimorar seus conhecimentos e habilidades e, acima de tudo, como prover o crescimento. “Lembre-se, para que o negócio tenha êxito depende de muita dedicação e esforço, entretanto, somente dedicação e esforço não garantirão o sucesso de seu negócio”, finaliza o consultor.

Fonte: Francisco Carlos Higa – sócio-fundador da Turnpoint Gestão e Desenvolvimento Organizacional, consultor especialista em gestão e organização, professor universitário pela FAAP, autor do livro “Vai dar M… – Soluções para seu projeto não afundar” (ed. Gente).

Vendas Relacionais no Varejo

Vendas relacionais são aquelas que primam pelo relacionamento com o cliente, feitas através de e-commerce e multicanais, que são canais complementares de venda em empresas de varejo e comércio em geral. É importante que as empresas estejam presentes na Internet, mas, também, que negociem e se relacionem com o cliente através dela. Esse veículo não veio para acabar com o varejo tradicional e, sim, para complementá-lo.
As empresas devem integrar o comércio eletrônico em suas operações para reforçar sua marca, melhorar o relacionamento com o cliente, aumentar e melhorar o banco de dados e transmitir confiança ao seu cliente. Entre outras, uma das principais vantagens da web é que ela é uma mídia permanente, uma complementaridade da loja – não tem limite de horário e pode oferecer serviços diferenciados – e permite um maior poder de negociação com fornecedores.
Mesmo com a evolução tecnológica, as empresas continuam tendo como foco principal o cliente e este sente grande necessidade de ter contato humano; por isso, mesmo tendo um negócio na Internet, é necessário dar a possibilidade do contato humano ao seu cliente, por meio de outros canais. A internet se tornou indispensável como uma forma a mais de relacionamento, de comunicação e de fechamento de negócios. Aumentou a possibilidade da compra por impulso, fechou o vazio entre o desejo e a compra. A web veio para agregar, como um canal complementar.
É importante oferecer também a acessibilidade como uma das grandes vantagens dos negócios que podem ser feitos por diferentes canais, incluindo a internet, pois, assim, é possível estabelecer um relacionamento com o cliente e atendê-lo onde, como e quando ele quiser comprar. O importante é poder transitar por todos os canais possíveis. É importante integrar e incentivar os multicanais. Alguns dos elementos que merecem uma nova leitura nesta nova realidade de gestão de negócios são a conectividade e a mobilidade.
Os diferentes canais proporcionam diferentes sensações nos compradores e todas são importantes: a gratificação imediata, o toque e o contato humano são os pontos mais importantes nas lojas físicas; no catálogo é a portabilidade e a venda de conceito e estilo de vida; na Internet a conveniência, a interatividade, a facilidade de informação e a atualização rápida são os destaques. Estes são os canais e no meio deles está o cliente. Quando a gente trabalha em multicanais, garantimos maior fidelidade do cliente. As vendas relacionais, através do multicanal são uma das mais novas experiências de compra.
Dos 10 maiores varejistas na Internet, quatro são de multicanais. É importante lembrar que os clientes de multicanais gastam mais. Por volta de 30% dos clientes que navegam na web compram na loja e 40% que transitam na loja compram na Internet. Dados de pesquisa indicam que os clientes fiéis das empresas compram em mais de um canal. Na JC Penney (EUA), os clientes que compram em seus três canais (catálogo/loja/site), gastam pelo menos três vezes mais do que as pessoas que compram através de apenas um canal.
Integrando operações virtuais e reais: o multicanal – é uma necessidade, não uma opção, a web revigorou os outros canais; ao avaliar – é importante considerar alguns aspectos ao avaliar a estratégia de devolução, pois as empresas varejistas devem operar como uma unidade, potencializando sinergias; os preços – no varejo multicanal devem ser preferencialmente homogêneos, porém, diferentes por opção estratégica ou tática; o foco – deve ser nas competências fundamentais, partindo para terceirização e parcerias em processos que não geram diferencial competitivo; fulfillment e logística reversa – são fatores críticos de sucesso no e-commerce; a marca – é a chave de tudo; o consumidor – quer consistência on-line e off-line; convivência e experiência – fazem a diferença no e-commerce, o cliente on-line tornou-se mais volúvel e exigente, é preciso inovar sempre; gestão, gestão, gestão – sem ela as estratégias não vão para frente.
Quando a funcionalidade e disponibilidade de plataformas de mercado interorganizacional aumentam, um número crescente de empresas descobre que podem eliminar canais intermediários e trocar produtos e serviços diretamente com os clientes. O comércio eletrônico está sendo utilizado para reduzir a complexidade dos produtos e mercados, enquanto, simultaneamente, aumenta a penetração no mercado. Agregando novo valor adicionado e serviço de informações customizados aos produtos e serviços tradicionais, as empresas podem expandir as oportunidades de vendas relacionais, enquanto reduzem os custos e complexidade da oferta de serviços customizados. O comércio eletrônico pode substituir algumas das funções tradicionalmente desempenhadas por esses intermediários, permitindo inclusive que surjam novos atores no cenário de competitividade das empresas.
Fonte: Paulo Pandjiarjian – jornalista, consultor de varejo e vice-presidente da ADVB DF – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil Distrito Federal.

As Empresas e as Comunidades Interativas na Internet

Como o uso de Rede Social, Blogs, Wikis empresariais e até os Mashups criarão no mundo dos negócios uma remodelagem na exposição de marcas, produtos e serviços?

Se a maioria imaginou que Internet seria para a humanidade apenas um novo meio de se comunicar, com certeza está enganada. Para poucos já está claro que na rápida tentativa de conceituá-la, esta foi sub-aproveitada em sua principal função: a interação entre seus usuários.
Tão logo o e-mail tornou-se a forma mais difundida de uso da Internet mundialmente – com mais de um bilhão de usuários no final do ano de 2005, segundo o instituto eMarketer – acreditava-se que seu principal papel estaria cumprido. Uma grande massa de pessoas trocando informações entre si, de forma individualizada, fazendo deste um meio de comunicação sem precedentes.
Passando a limpo: o conceito de comunicação é muito diferente do conceito de interação. No primeiro, sentimos que está embutida uma via de mão-única – alguém ou alguma empresa propaga informações a várias outras pessoas ou instituições, de uma forma padrão. O que é falado ou escrito por um é apenas assistido por outros passivamente.
O foco da grande maioria dos projetos de websites atuais de empresas é a comunicação de um para muitos. Meros expectadores, colaboradores ou usuários, muitas vezes, sequer têm suas dúvidas por e-mail respondidas a contento. São sufocados no site empresarial por inúmeras páginas com demasiado conteúdo institucional, especialmente projetadas para “esconder” qualquer menção a um número de telefone prático ou a identificação do nome do responsável pelo serviço de atendimento. É nesta visão vertical que os projetos empresariais encontram-se na atualidade.
Em breve, numa próxima fase de mudanças que criará a plenitude do uso da Internet pelas empresas, a interatividade será o grande trunfo no relacionamento entre colaboradores, fornecedores e clientes – esses últimos ávidos em expressar suas idéias de forma participativa. Múltiplas pistas de mão-dupla. A comunicação de muitos para muitos.
Uma forma multidimensional de interação. A aglutinação de idéias vindas de diferentes fontes e formas para atingir o bem comum. Quem já fez uso identifica, nos atuais grupos ou fórum de discussão, recursos precursores desse novo conceito.
As limitações das ferramentas, que cada website usa até então, cederão espaço para o novo mundo da Web 2.0, a chamada “Internet Viva”, com a oferta de serviços dinâmicos ao invés de páginas com conteúdo estático.
Grandes corporações internacionais já possuem interação social, via Blog Corporativo – uma espécie de diário on-line das situações que ocorrem na empresa, discutidas publicamente com os internautas visitantes, de forma ativa, como uma conversa. O recurso se faz presente em cerca de 8% das empresas incluídas na lista “Fortune 500”, a qual contempla empresas como: HP, Fedex, Wal-Mart, General Motors, dentre outras. A perspectiva para pequenas e médias empresas adotarem o mesmo procedimento é estratégica: uma forma simples de estar um passo à frente da concorrência.
No mesmo caminho social estão os Wikis (iniciais da frase em inglês “What I Know Is…”) – ferramentas de trabalho on-line para interação em grupo e desenvolvimento de comunidades em rede, criando o relacionando do próprio público-alvo da empresa: colaboradores, fornecedores e clientes, estimulando a inovação colaborativa, a participação e ação mútua entre seus membros. O caminho para aproveitamento da inteligência coletiva nas tarefas do dia-a-dia e na condução dos negócios.
Apostando um pouco mais no mundo empresarial, chegarão também os Mashups (do inglês “mash-up”, mesclar ou mixar) – ou seja, num único site ou aplicação haverá a combinação de conteúdo relacionado, vinda de mais de uma fonte de dados, como uma forma de integrar o conhecimento na geração de outros resultados, seja no melhor uso de um serviço ou num novo modo de agregar valor a um produto.

Façam suas empresas interagirem socialmente e estejam certo de que a recompensa será imensa.

Fonte: Eduardo Favaretto – criador do iBUSCAS – gestor de aplicações e recursos on-line via web e especialista em Tecnologia da Informação e Internet.

Líder – Coração ou Razão?

Falamos sempre em liderança, associando-a a gestão, estratégia, administração de conflitos, mediação, caráter, poder de decisão e capacidade em lidar com a complexidade humana, levando em consideração a visão positiva de construção de algo. Deepack Chofra afirma que o líder é a expressão simbólica de uma coletividade, que carrega consigo uma saga de sucessos e fracassos de uma população, seja em conflitos sociais ou libertação de processos de opressão. Temos como exemplo Gandhi, que desenvolveu uma autoridade moral mediante a visão, a disciplina e a paixão, regidas pela consciência de transformação social.

Partindo da minha própria vivência, como líder de uma organização e como uma profissional que desenvolve treinamentos para os líderes de empresas nacionais e multinacionais em Pernambuco, observei que Gerir pessoas, significa adquirir a capacidade de influenciar e desenvolver os talentos (competências) dos liderados, fazendo uma construção saudável e sólida entre as necessidades individuais e as necessidades organizacionais. O líder assume o papel de um mediador dentro da organização, envolvido em processos de manutenção da estrutura organizacional, manipulando ou libertando os liderados para a própria autonomia. Esse papel dúbio gera conflitos e medos que podem interferir diretamente nos resultados da sua equipe de trabalho.

A literatura norte-americana não observa este prisma, adota uma atitude mais funcionalista. Investiga-se a personalidade do "bom" líder, através do que eles podem fazer pelas organizações – "Bom" para quem: si próprio, empresa, liderados ou o sistema vigente na sociedade da cultura para a produtividade?

Raramente se investiga a relação CORAÇÃO-RAZÃO. Quais os sentimentos pessoais dos líderes no exercício da sua função? O que pensam? Como vêem a responsabilidade de conduzir pessoas? Como compartilham ou não com sua família a grande tarefa de estar em suas mãos os desejos, as expectativas e as necessidades dos liderados? Como se sentem, de fato, como pessoas, tomando determinadas decisões, às vezes incompatíveis com a sua essência? Quais vantagens e desvantagens que a liderança trás para sua vida pessoal e profissional?

Geralmente desenvolvem distúrbios psicossomáticos, criam couraças para se defenderem de algo que não concordam ou não desejam nem para si nem para os liderados. Rotulam-se muitas vezes de super heróis para liderar dentro de estruturas que não trazem conforto afetivo e profissional. Então, como lidam com suas necessidades, suas angústias, suas decisões, sua agressividade, sua raiva, enfim, a sua própria identidade?

Estas questões essenciais não são abordadas nos treinamentos sobre Liderança. O enfoque é: qual a melhor atuação do líder para conseguir produtividade na empresa? Muitas vezes, receitas motivacionais que não possuem os ingredientes que facilitam a compreensão da verdadeira liderança. O discurso é do tipo o "líder deve desenvolver a compreensão, o espírito de equipe, a solidariedade e a comunicação" – desenvolver como? Sem um preparo e sem saber como definir de fato questões tão subjetivas.

Fonte: Vera Lúcia da Conceição Neto

Trabalho em Equipe

Nossas observações e estudos relacionados ao tema "Desenvolvimento de Equipes" têm nos conduzido a algumas conclusões que, apesar de parecerem óbvias, apresentam situações raramente encontradas na rotina de trabalho e nas relações dentro de Organizações, Departamentos, Áreas ou mesmo dentro das próprias Equipes.

Por sinal, sempre que as pessoas se referem ao seu grupo de trabalho, mesmo os próprios Gerentes, utilizam o termo "minha equipe". Baseados na afirmação de que toda equipe é um grupo, porém, nem todo grupo é uma equipe, há uma pergunta que precisa ser respondida:

Como está a sua empresa? Vocês trabalham em grupo ou em EQUIPE?

Entendemos que Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, normalmente, produzem resultados de aceitáveis a bons. No entanto, este grupo não é uma EQUIPE.

Entendemos que EQUIPE seja um conjunto de pessoas com objetivos comuns, atuando no cumprimento de metas específicas. A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e conquistas de metas. O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e, especialmente, o reconhecimento da interdependência entre seus membros na busca de resultados pela equipe, deve favorecer ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um verdadeiro TRABALHO EM EQUIPE.

Vale, portanto considerar:

• Quais são os aspectos e variáveis que favorecem a formação do verdadeiro espírito de Equipe em sua empresa?
• Como implementá-los?
• Qual é a postura do Líder?
• Que benefícios os membros e empresa terão com o Desenvolvimento do Trabalho em Equipe?
• Por que é tão importante considerar este "caminho" para a conquista de melhores resultados?
• Quem na organização deve ser envolvido?

Você e sua Organização devem refletir sobre todos estes aspectos.

Fonte: Carlos Basso