Os propagandistas costumam associar ideias para direcionar o público a um produto. Imagens de liberdade e ousadia associadas a uma bebida, levam a pessoa a experimentá-la para sentir-se ousada. O que ocorre de fato é a atração da igual espécie. Ela pensa em ousadia e atrai pensamentos da mesma espécie. É a lei da atração.
Por exemplo, num filme aparece uma mulher triste. A cena vai sendo repetida. Aquela tristeza é absorvida pelo público que a assistiu e, ao cabo de um tempo, passa a atrair a igual espécie. Isso pode influenciar o comportamento de pessoas que não jogam essa tristeza pra lá e se deixam derrotar através dos próprios pensamentos. Atraem o que pensam. Lamentavelmente os filmes, seriados e telenovelas dão mais ênfase ao derrotismo e à vida devassa. Os telejornais também. De cabeça baixa, as pessoas se entregam a um lenitivo, como hábito de fumar ou beber, vão perdendo tempo, estragando a saúde.
Os filmes teriam tudo para contribuir para a elevação humana, mas está ocorrendo o contrário. Faça a experiência do zap. Vá de canal em canal, na TV aberta ou paga: Assassinato, assaltos, suicídio, traição, sexualidade embrutecida, vida miserável, pessoas fumando, bebendo, usando drogas como válvula de escape. Pouco sobra de aproveitável.
Uma sessão interessante na Internet é a das respostas no Yahoo. Na pergunta “Que efeito a televisão exerce sobre a sociedade?” A melhor resposta escolhida por votação foi: “Atualmente no Brasil, uma verdadeira lavagem cerebral. Em vez de servir de veículo de divulgação, entretenimento e informação, está sendo utilizada como meio de formação de uma mentalidade limitada e tendente para os estereótipos em que está se fundamentando. Infelizmente, as pessoas estão fazendo da televisão a sua janela para o mundo e assimilando tudo que vêem como verdades absolutas, sem jamais questionar conteúdo ou levar em conta os interesses de quem produz o que é exposto”.
Impressiona a mediocridade. Filmes, novelas, programação em geral. Para que serve toda essa droga? Outro aspecto é a forma do uso das palavras, que de acordo com os esclarecimentos da neurolinguística, promovem a construção negativa, formando um destino derrotista. Outra resposta sobre a TV: “Famílias, escolas e universidades estão empenhadas na construção de um ser humano crítico, criativo, autodirigido, concorrendo com o sistema televisivo de entretenimento para o consumo de massa, que trabalha na direção oposta. O homo sapiens corre o risco de ser substituído por uma massa de consumidores compulsivos, heterodirigidos, de escassa capacidade analítica e, o que é pior para a democracia, com pouca propensão à divergência”.
Estamos muito atrasados na alfabetização e educação das novas gerações. Os jovens conseguem ler, mas não compreendem o significado dos textos. Importante destacar que há algo valioso no sistema da “alfabetização funcional” para fazer os estudantes pensarem, refletirem. Para um bom resultado deveria ser utilizada a natureza como tema das discussões entre alunos e instrutores, mostrando na prática e em filmes, como por exemplo, o documentário de Arthus-Bertrand sobre as belezas dos oceanos e a riqueza da água, fonte de toda a vida na Terra. Tentando explicar os grandes mistérios naturais que cercam nosso planeta com belíssimas imagens magistralmente fotografadas, o filme reforça como é essencial que o homem aprenda a viver em harmonia com os oceanos. Ainda com o intuito de promover a ideia de que devemos proteger e respeitar nosso planeta.
Perceber a lógica da natureza, a importância da água, rios, oceanos, ora explorados até a exaustão como fonte de alimento e riqueza, e como depósito de lixo. Os estudantes precisam conhecer o mundo e tudo que temos feito de errado. Isso os ajudará a compreender a vida e a se responsabilizarem por ela.
Fonte: Administradores