Marketing Viral
A ideia da palavra viral significa passar adiante uma mensagem que "contamine" o receptor e o faça passar aquela mensagem adiante. As conhecidas correntes, as cartas com orações de bênção ou ameaças de maldição são um exemplo prático de comunicação viral.
Com a chegada da internet, o conceito cresceu e ganhou potência. A diferença é que, agora, cada pessoa tem capacidade de “contaminar" centenas ou, até, milhares de outras.
O hotmail foi um dos primeiros a fazer ações de marketing viral na Internet. No final de cada e-mail enviado por alguém que já era assinante, havia um convite para assinar o serviço.
O “ICQ” também fez com que as pessoas que quisessem conversar com um de seus usuários tivessem que baixar o software.
A técnica do marketing viral consiste em contaminar as redes de relacionamento e atingir pessoas com o mesmo interesse para depois se concentrar em vender com base no perfil desse grupo.
No entanto, a propagação não é unicamente voluntária, nem absolutamente compulsória, como propaganda acrescentada no final de mensagens de e-mail. Em algumas ocasiões, o que se busca é gerar curiosidade e comentários sobre determinado produto ou serviço com algo atraente que motive as pessoas a compartilhar isso com amigos.
Um exemplo conhecido é a divulgação do filme "A Bruxa de Blair". Os produtores contrataram estudantes para fazer panfletagem na porta de escolas. A mensagem gerava curiosidade e levou os adolescentes ao site oficial do filme. Era para parecer um caso real de desaparecimento de adolescentes. O visitante ficava impressionado com o que via e sentia necessidade de enviar o link para os amigos. Milhões de pessoas foram “contaminadas” dessa forma. Divulgação com custo zero.
É fácil perceber quando a ação de marketing viral funcionou. A repercussão junto ao público e a imprensa é a voz dessa eficiência.
O vídeo, aparentemente amador, plantado no YouTube que mostra Ronaldinho chutando bolas na trave foi uma excelente forma da Nike promover sua marca e a chuteira que o jogador experimenta na cena.
Os especialistas observam que quanto menos oficial ou comercial for, maior a probabilidade da mensagem se espalhar. Isso está obrigando as agências a repensarem a forma de atingir seus públicos, pois as gerações atuais estão mais conscientes e arredias contra propagandas no formato convencional e cada vez mais suscetíveis ao que foge do convencional.
Só para ilustrar o poder e eficiência do marketing viral, o Cirque du Soleil, companhia com mais de 3 mil pessoas, teve seu espetáculo visto por 50 milhões de pessoas ao longo de 20 anos. Em outro local, um palestrante motivacional e dançarino, Judson Laipply, ficou mundialmente famoso em semanas devido aos quase 35 milhões de acessos que recebeu no YouTube. Resultado do novo/velho recurso “boca a boca”, agora, virtual.
Utilize essa ferramenta e perceba que uma pequena informação é capaz de fazer um barulho enorme se bem planejada e direcionada.
Talita Quirino
Jornalista Responsável