A multinacional Mondelez que detém diversas marcas de guloseimas no Brasil, como os chocolates Lacta e a goma de mascar Trident e que nasceu da cisão da marca Kraft Food em duas, ficou responsável pela divisão de snacks.
Com a reestruturação, veio o desejo de renovar a cultura da empresa e dotá-la com características comuns a startups. Em paralelo, percebeu-se a crescente tendência de aplicações mobile como parte da estratégia de marketing, especialmente para bens de consumo.
Para integrar essas duas perspectivas, a Mondelez criou o Futures Mobile, um projeto que busca criar ferramentas para as ações de marketing promocional das marcas e inserir na corporação o espírito empreendedor e ousado das startups.
O projeto nasceu na matriz da Mondelez, nos Estados Unidos, e já selecionou nove participantes, que desenvolverão aplicativos para as marcas da empresa, como Halls.
O Brasil foi o segundo país a receber a iniciativa. A filial brasileira já abriu um concurso e recebeu inscrições de cerca de 100 startups nacionais. Após um processo de seleção, 15 apresentarão um pitch para os executivos. Dessas, as cinco melhores desenvolverão produtos para as marcas Bis, Trident, Halls, Club Social e Tang.
Essas startups terão 90 dias para lançar seus pilotos. As ações serão realizadas pelos empreendedores em parceria com equipes da Mondelez.
A multinacional segue uma tendência verificada em outras corporações, que é a aproximação com startups devido ao conhecimento que essas empresas têm das novidades tecnológicas, a rapidez com que desenvolvem seus produtos e ao seu formato enxuto.
Outra vantagem para as grandes empresas que fazem esse tipo de parceria é que elas não precisam alocar muitos recursos e pessoas para a criação de novos produtos.
“Porém, mais que uma oportunidade comercial, é uma oportunidade comportamental”, afirma Natacha Volpini, gerente de mídias sociais da Mondelez Brasil e responsável pelo Mobile Futures no Brasil. “Assim, podemos mudar o espírito da corporação com aspectos como colaboração, rapidez na tomada de decisão e fazer testes em beta.”
Fonte: Thiago Cid/revistapegn.globo.