Embora muito se fale que o comportamento do consumidor atual esteja focado no consumo do bem-estar, da saúde e do lazer, não podemos negar que grande parte das intenções de compra é focada no status e na ostentação de grandes marcas e produtos com preços elevados. E para quem ainda não percebeu isso, nada que um simples passeio no shopping não resolva.
Uma das grandes características do e-commerce é que o consumo pode ser feito de forma prática, rápida e segura. E, claro, muitas pessoas de classe A/B se “aventuraram” e abriram as portas desse tipo de consumo que se torna cada vez mais comum entre todas as classes.
Se todas essas características e números tendem a crescer, por que cada vez mais as poderosas marcas estrangeiras ocupam espaços nos grandes shoppings brasileiros e em bairros nobres de cidades que possuem o perfil dessas empresas?
O crescimento do número de lojas físicas de luxo é uma prova de que o conforto e praticidade das compras online ainda não foram suficientes para tirar a sensação de comprar um “pacote” que traz visibilidade, poder, status e a diferenciação de comprar um produto muitas vezes exclusivo.
Lipovetsky, um dos grandes estudiosos sobre consumo, diz que o luxo é um traço que distingue pobres e ricos no modo de viver, de comer e até de morrer. Com isso, prevaleceu a ideia de que os soberanos deveriam mostrar sua superioridade por meio de coisas belas, o que gerou a fixação por coisas raras, pelo prazer de se sentir diferenciado.
A partir disso, é possível perceber que esse pensamento que começou há tantos anos ainda tem forte influência sobre grande parte da população, que deseja encontrar no consumo uma maneira de se diferenciar e mostrar, de alguma forma, superioridade. E isso, a compra online pode não ser capaz de fazer.
Fonte: O Melhor do Marketing